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Vem aí: 3ª edição do curso de atualização em estradas florestais

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A terceira edição do curso de atualização em estradas florestais está sendo organizada pela Associação Paranaense de Empresas de Base Florestal (Apre). A capacitação, destinada a gestores, coordenadores, supervisores e demais envolvidos em projetos de estradas florestais, vai acontecer no dia 25 de junho, na Fazenda Lageado, em Bituruna (PR), e no dia 26 de junho, na Fazenda Santa Cruz, em Palmas (PR), ambas da Remasa. As inscrições, que deverão ser feitas pelo site da Associação, custam R$ 450,00 para profissionais das empresas associadas e R$ 650,00 para não associados.

No primeiro dia, os participantes poderão acompanhar as apresentações de Lonard Santos, consultor de vendas para o mercado florestal e diretor da Master Soluções Florestais, que vai falar sobre “Custos x oportunidades”. Segundo Santos, a proposta é mostrar aos profissionais que é preciso pensar “fora da caixa”.

“Vou abordar os custos de uma maneira diferente. Quero mostrar que é preciso sempre procurar outras possibilidades. Apesar de, muitas vezes, o orçamento já estar aprovado, até a execução pode-se pensar melhor e encontrar meios para reduzir custos. Vou propor um levantamento de ideias, para que eles percebam de que forma podem ajudar a empresa, buscando novas técnicas, novos conhecimentos, procurando conhecer e entender operações em outras empresas etc, pois tudo isso pode facilitar no dia a dia. Os participantes do curso são os executores e, mais do que ninguém, devem propor sugestões, melhorias, outras formas de fazer o que foi definido no orçamento”, garante.

Além desse assunto, a programação do curso trazduas palestras do consultor independente de estradas florestais Osmar Kretschek – “Abordagem econômica, ambiental, social e treinamento de pessoas” e “Tecnologias de apoio – mapas (Google, com restituição e com curvas de nível) e geoprocessamento”. De acordo com Kretschek, o foco é melhorar a acessibilidade das florestas, porque as estradas utilizadas ainda são as mesmas feitas para tirar a madeira nativa que existia há 50 anos, com uma condição técnica completamente diferente do que se tem hoje. Ele ressalta que os meios de transportes evoluíram, e, atualmente, o transporte é feito por caminhões, bi-trens, carretas etc.

“Ao longo dos anos, as empresas melhoraram as mesmas estradas, gastando dinheiro bom em ‘coisa ruim’, apenas ençaibrando, alargando. O traçado continua o mesmo, e é uma grande dificuldade sair com um caminhão, por exemplo, nessas estradas cheias de curva. Por isso, precisamos transformá-las em estradas utilizáveis com veículos grandes em qualquer tempo”, declara.

Segundo ele, as empresas precisam investir e fazer estradas decentes para o futuro, utilizáveis a longo prazo, porque a estrada não será usada uma vez só, haja vista que existe replantio, manutenção de floresta nova, tratos silviculturais etc, ou seja, uso múltiplo. Outra vantagem apresentada por Kretschek é a questão da valorização da terra. “A terra é nosso bem maior. Se essa terra tem estradas precárias, o valor é um. Mas se tiver acessibilidade, o valor, no mínimo, dobrará”, explica.

Além disso, ele ressalta que é fundamental garantir o fluxo de matéria-prima para parques industriais. “Temos temporadas de chuva, e, hoje, quando chove, não sai madeira da floresta. Por isso, as estradas precisam garantir suprimento para a indústria, pois um dia parado é um grande desperdício. É claro que as estradas não serão iguais, já que não existe apenas uma categoria de estradas, mas o importante é ter as estradas principais, que, de uma forma ou de outra, garantirão o transporte. As estradas têm que ser definitivas, não podem ser provisórias”, reforça.

O primeiro passo para se chegar nesse ponto, segundo Kretschek, é uma mudança de cultura, pois a maioria das pessoas tem uma visão imediatista, de resolver o problema agora. Essa, para ele, é a parte mais trabalhosa, pois a quebra de paradigmas não acontece da noite para o dia.

“As empresas precisam enxergar esse tema como investimento. Se apropriar o valor como custo de determinada rotação, vai inviabilizar. É um investimento, algo de futuro, serve para aquele momento e para o futuro. Na região da Lapa, por exemplo, fizemos uma estrada de 21 quilômetros. Por ela, saiu um grande volume de madeira. Fizemos uma conta que apontou que com a madeira que saiu em dois anos por aquela estrada, o investimento foi pago. Qual investimento tem retorno em dois anos? Com aquela estrada, a empresa conseguiu um barateamento de custo, pois os transportadores aceitaram que tinham uma estrada viável e baixaram o valor de frete. Neste caso, houve redução de um real e meio por tonelada, sem considerar, ainda, a valorização das propriedades beneficiadas. Essa é a noção que precisamos ter”, completa.

Por fim, o evento vai contar com a apresentação do colaborador da Remasa Thomas Ramos, sobre “Construção e manutenção de estradas florestais”; cases de empresas florestais; e palestras de empresas de máquinas florestais. No segundo dia, os participantes farão uma visita às operações de construção e manutenção de estradas da Remasa.

Serviço
3º Curso de Atualização em estradas Florestais
Público-alvo: gestores, coordenadores, supervisores e demais envolvidos em projetos de estradas florestais
Local: Fazenda Lageado- Bituruna (PR) | Fazenda Santa Cruz – Palmas (PR)
Inscrições: R$ 450,00 para associados da Apre – R$ 650,00 para não associados
Informações: http://www.https://apreflorestas.com.br/wp-content/uploads/2020/10/iba-1.jpg.com.br/evento/2o-curso-de-controle-de-formigas-cortadeiras-para-supervisores/