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Sem regulamentação, produtores florestais não têm acesso a crédito do Plano Safra

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12Associação Paranaense de Empresas de Base Florestal apresentou pleito ao Ministério da Agricultura

Previsto no Plano Safra 2015/2016, e novamente nas linhas apresentadas pelo governo federal este ano, o crédito para financiamento de custeio para tratos culturais, desbastes e condução de florestas plantadas ainda precisa ser regulamentado para garantir o acesso de pequenos e médios produtores. O pleito foi apresentado pela Associação Paranaense de Empresas de Base Florestal (Apre) à Câmara Setorial de Florestas Plantadas do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), no início de abril, e a pauta foi acolhida.

“Isso vai viabilizar que os pequenos e médios produtores executem as operações de desbaste, garantindo a produção de toras para uso em serrarias nos próximos 10 anos. Como o preço da madeira fina atualmente se aproxima dos custos do desbaste, o produtor deixa de fazer essa etapa ou a adia, o que pode gerar um desabastecimento de toras grossas no futuro para a indústria de madeira”, afirma o diretor executivo da Apre, Carlos Mendes. Hoje, cerca de 30% da produção florestal do Paraná vem de pequenos e médios produtores.

A preocupação do setor faz sentido. “Há um grande movimento em torno de toda a cadeia produtiva da madeira, que necessariamente inclui o cultivo florestal, para que haja um aumento no consumo de madeira no mercado interno, em especial pela construção civil, onde será preciso abastecer as serrarias com toras de maior diâmetro”, explica Mendes. O movimento ao qual o executivo se refere inclui o desenvolvimento da norma técnica do sistema construtivo wood frame, no qual a madeira é a o principal elemento da obra, além de eventos técnicos e acadêmicos que vêm sendo realizados há alguns anos no Paraná para debater o assunto.

No pleito apresentado pela associação, a linha de crédito financiaria a operação de primeiro desbaste com pagamento no segundo ou terceiro desbaste, ou ainda no corte final. “Isso viabilizaria a produção de toras grossas”, garante o executivo.

O Plano Safra 2016/2017 vai destinar R$ 185 bilhões em crédito para os produtores rurais do país, com juros variando de 0,5% a 5,5% ao ano para a agricultura familiar (Pronaf) e de 8% a 12,75% ao ano, na agricultura empresarial.