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Apre anuncia novo diretor executivo

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Depois de 10 anos, a Associação Paranaense de Empresas de Base Florestal (Apre) tem um novo diretor executivo: Ailson Loper, que ocupava a cadeira de gerente, passou a assumir o cargo. Carlos Mendes deixou os trabalhos à frente da Associação, mas continuará atuando como consultor da Apre, principalmente na área de cursos e eventos.

Loper, engenheiro florestal pela Universidade Federal do Paraná (UFPR), trabalha na Associação desde 2008.Possui mestrado em Economia e Política Florestal e defendeu sua tese de Doutorado em 2017, na mesma área. Além disso, desde 2014 é professor do Departamento de Economia Rural e Extensão da UFPR. Com larga experiência no setor florestal, o novo diretor executivo dará continuidade ao bom trabalho realizado por Carlos Mendes até aqui, ampliando as parcerias da entidade com os diversos órgãos e buscando garantir os avanços que o segmento precisa.

“Há 50 anos, a Apre representa o setor florestal paranaense, especificamente de base plantada. Ao longo desses anos, a entidade sempre participou dos importantes debates que envolveram o segmento, e nossa voz tem força junto aos diferentes órgãos. Somos referência. Vamos continuar nesse caminho, fortalecendo ainda mais o setor e acompanhando tudo o que nos envolve nesse novo contexto da economia mundial, em que somos protagonistas, ofertando matéria-prima renovável produzida de forma sustentável. Para isso, além de buscar o constante aprimoramento técnico da produção, está nos nossos planos aumentar a comunicação com os diversos atores da cadeia produtiva, para que possamos promover e defender os interesses coletivos das nossas empresas e do segmento florestal do Paraná”, declara Ailson Loper.

Homenagem

Carlos Mendes é considerado um dos grandes nomes do setor florestal. Formado em 1977 pela Universidade Federal do Paraná (UFPR), trabalhou na área de pesquisa da Companhia Agrícola e Florestal Santa Bárbara (CAF), do grupo Belgo-Mineiro, que hoje é ArcelorMittal, onde ficou por oito anos. Uma das principais ações foi o trabalho com a Embrapa na importação de sementes de Eucalipto. Ele participou da introdução dessas espécies em Minas Gerais e auxiliou a Embrapa no Estado. Depois, Mendes foi trabalhar também com pesquisa na Klabin em Santa Catarina, atuando na gerência no Estado e também no Paraná.

“Trabalhei na Klabin durante 24 anos, e passei por todas as áreas florestais da empresa. Foram muitas ações exitosas. Estive presente no desenvolvimento da mecanização florestal desde o início em colheita em Correia Pinto, depois nos trabalhos das unificações das unidades de Correia Pinta e Otacílio Costa, que virou uma só. No Paraná, participei do processo do novo sistema de colheita e preparação de resíduos florestais, de biomassa no campo”, comenta.

Durante o período no qual esteve em Santa Catarina, o engenheiro participou da diretoria da Associação Catarinense de Empresas Florestais (ACR). Quando chegou ao Paraná, esteve na diretoria da Apre. Mas foi em 2010 que ele foi convidado para trabalhar como diretor executivo da Associação paranaense. “Participei dessa aproximação do setor com a política, com as secretarias de Estado que têm movimento com o setor florestal. Foi nessa época que a Apre conseguiu assento no Conselho Estadual do Meio Ambiente, além de outros conselhos”, destaca.

Desde que assumiu a cadeira de diretor executivo, Mendes ressalta que a Associação alcançou uma maior participação proativa junto aos órgãos Executivo e Legislativo, levando muito subsídio de informações a respeito da importância do setor para o desenvolvimento do Estado aos governantes.

“Nesse período, conseguimos alcançar um reconhecimento de que somos representantes do setor florestal paranaense, inclusive daquelas empresas que não são associadas. Temos presença garantida nas discussões. Além disso, a Apre se tornou uma referência na divulgação do setor na área técnica, com eventos, cursos e workshop, sempre sob demanda das associadas. Diversas empresas relataram, inclusive, que tiveram interesse em se associar por conta de todo esse envolvimento técnico que a Apre proporciona. Também lançamos o primeiro Estudo Setorial, que é o documento balizador do Estado. O trabalho da Associação foi de valorização do setor, de mostrar aos diferentes órgãos a importância do segmento florestal para o Estado e para a economia paranaense”, finaliza.