Sala de Imprensa

Setor florestal investe no campo para abastecer a indústria

Revista da Faep destaca o forte aporte financeiro nas áreas de celulose e papel e florestas para ampliação da quantidade e qualidade de matéria-prima
Share on facebook
Share on twitter
Share on linkedin
Share on whatsapp
Share on telegram

De forma silenciosa, sem tanto alarde como outras atividades do agronegócio paranaense, a silvicultura estadual tem mostrado resultados expressivos nos últimos anos, tanto no campo como na indústria. Dentro da porteira, uma série de avanços tecnológicos no manejo e no melhoramento genético das plantas, que coloca o Paraná no topo do ranking nacional de maior área plantada de pinus e na sexta posição em relação a eucalipto, tem permitido a produção de matéria-prima para abastecer as indústrias. E isso será ampliado em número, gênero e grau no futuro próximo.

Em 2016, os 51 associados da Associação Paranaense de Empresas de Base Florestal (Apre) investiram R$ 2,2 bilhões na cadeia produtiva, sendo que 84% deste montante foram destinados para modernização dos parques industriais instalados no Estado. O principal expoente deste universo responde pelo nome de Klabin, fabricante de papel e celulose, que inaugurou, no mesmo ano, a unidade Puma, numa área superior a 200 mil hectares em Ortigueira, nos Campos Gerais, distante 250 quilômetros de Curitiba. Ou seja, em bom português, restaram apenas R$ 382 milhões para as florestas.

Esse volumoso aporte financeiro no parque industrial estadual criou uma demanda por matéria-prima e, consequentemente, obrigou uma mudança de olhar, agora voltado para o campo. “O cenário exige uma inversão. É preciso fazer investimentos no campo com expansão de novas áreas, plantio, melhoramento genético e mecanização para suprir a demanda [das indústrias]”, diz o presidente da Apre, Álvaro Luiz Scheffer Júnior, reposicionando a bússola da silvicultura paranaense para os próximos anos. “O momento é de reverter os investimentos para a base”, acrescenta José Mauro Magalhães Moreira, pesquisador da Embrapa Floresta.

 

A estratégia já está traçada. Até 2021, as 36 das 51 associadas da Apre que possuem florestas (as demais estão envolvidas com atividades como consultoria, maquinário, peças, entre outras) irão investir mais R$ 2,2 bilhões, sendo 70% do valor especificamente em florestas – plantio e colheita. “O foco agora tem que estar no campo”, aponta Scheffer.

De acordo com dados do recente estudo setorial desenvolvido pela Apre, o Paraná conta com 967 mil hectares de florestas plantadas, sendo 672,6 mil cobertos com pinus (70%) e 294,1 mil com eucalipto (30%). Essa área é maior, por exemplo, que o território dedicado, toda a safra, ao milho verão, cana-de-açúcar, arroz, batata e feijão, entre outras culturas. Ou seja, só atrás da soja e cereal safrinha.

Leia a matéria completa sobre as estratégias da silvicultura paranaense aqui.

Reportagem: Carlos Guimarães
Fotos: Gustavo Castro