Sala de Imprensa

Produção madeireira mantém espaço no mercado internacional em 2019

Mesmo com guerras comerciais internacionais e instabilidade de oferta e demanda, exportações seguem no mesmo patamar de 2018
Share on facebook
Share on twitter
Share on linkedin
Share on whatsapp
Share on telegram

O potencial produtivo do setor florestal tem aumentado ano a ano, assim como a diversidade de aplicações da matéria-prima. Madeira serrada, pallets, lâminas compensados, molduras, portas e componentes são algumas delas, que além da importância no mercado nacional, colocam o Brasil como um importante fornecedor mundial.

De acordo com a Associação Brasileira da Indústria de Madeira Processada Mecanicamente (Abimci), entre os diferentes produtos de madeira exportados pelo Brasil, a madeira serrada de pinus brasileira tem como principais destinos Estados Unidos, México e China e tem mostrado nos últimos cinco anos um crescimento significativo dos volumes e embarcados. Já o compensado de pinus tem aproximadamente 80% do volume produzido exportado, sendo os principais destinos Estados Unidos, México, Alemanha, Bélgica e Reino Unido.

“A produção dos principais produtos madeireiros brasileiros vem se consolidando a cada ano e os volumes destinados às exportações, aumentando. Alguns segmentos como o de molduras têm o mercado externo como foco, sendo o principal destino os Estados Unidos, disputando esse importante mercado com a produção do Chile e da China”, detalhou o superintendente da Abimci, Paulo Pupo.

Apesar do setor madeireiro estar ganhando posições importantes no mercado internacional, nos últimos anos há uma grande expectativa por parte de todos os segmentos madeireiros com a aprovação da norma técnica para a construção em wood frame. “A tendência é que o mercado interno passe a ter uma demanda maior em praticamente todos os produtos utilizados nas obras, fator esse que certamente trará um melhor equilíbrio no mercado da produção nacional”, avalia Pupo.

Segundo a Abimci, no que tange as exportações de 2019, a tendência que vem sendo apresentada pelos números das exportações é de manutenção dos volumes exportados quando comparados com os volumes realizados em 2018, ano no qual o Brasil teve excelentes resultados nas exportações de produtos de madeira. Em 2018, apenas de compensado em pinus foram 2,27 milhões de metros cúbicos.

“O que se deve levar em conta na avaliação macro do mercado internacional é um certo descompasso entre a oferta e a demanda em alguns países consumidores, somado a certa imprevisibilidade das guerras comerciais em andamento e da definição das taxações que estão sendo sugeridas para produtos madeireiros, em especial entre Estados Unidos e China”, diz o superintendente da Abimci.

Para 2020, o mercado internacional de madeira, assim como outros demais segmentos, enfrentará algumas imprevisibilidades de mercado, tendo a provocada pelos EUA e a China como especial fator. “Tais incertezas vêm alterando a dinâmica de fornecimento de produtos madeireiros em vários dos principais países importadores, o que torna um desafio fazer uma análise prematura e mais precisa de 2020. A expectativa é de que no início do ano algumas das principais negociações em andamento estejam alinhadas, para trazer normalidade ao comércio internacional”, afirma Pupo.

Já para o mercado interno, conforme a entidade, as expectativas são positivas, com a projeção de crescimento e retomada da economia em 2020, conforme dados divulgados em dezembro pelo IBGE e do aumento da confiança tanto do empresariado e do consumidor para com as ações que estão sendo tomadas pelo governo para a melhoria do ambiente de negócios.

Fonte: Canal Rural – Blog Floresta S/A