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Klabin apresenta operação do uso da biomassa para geração de energia

Na unidade de Monte Alegre, cerca de 13,3% da matriz energética vem da biomassa no campo e 7,1% de casca do processo industrial
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Na unidade de Monte Alegre, cerca de 13,3% da matriz energética vem da biomassa no campo e 7,1% de casca do processo industrial

O palestrante Gustavo Pereira Castro abordou o tema “Eucalyptus para biomassa industrial na Klabin” durante o 6º Workshop Embrapa Florestas/Apre. Na empresa, a biomassa é fonte para geração de vapor e energia elétrica para atender as necessidades de plantas industriais. Galhos, cascas e folhas; madeira não utilizada para processo; árvores quebradas ou mortas, regeneração de espécies no talhão são fontes para biomassa.

A quantidade de material disponível varia de acordo com o manejo dos plantios florestais, o gênero (pinus e eucalipto) e o sistema de colheita (FT ou CTL). Em específico para a empresa, é considerado material potencial para biomassa aqueles com menos de 8 cm, no caso de pinus, e de 10 cm, no caso de eucalipto. “Todo trabalho é feito em integração com o sistema de colheita”, explica Castro. “E ainda não é possível evitar a contaminação com terra e areia, as caldeiras devem estar preparadas para isso, em escala mínima possível”, explica. A busca pela eficiência energética é um dos fatores de sucesso, analisando custo x benefício, uma vez que o frete representa 1/3 do custo da biomassa; além da questão de segurança, que é um valor da empresa.

A umidade é a característica mais importante na determinação do poder calorífico. A Klabin optou por fazer a secagem ao ar livre, sem a formação de pilhas compactas, para garantir a boa circulação de ar nas pilas de galhos. “Em algumas semanas, folhas e acículas, que não interessam para biomassa, caem, contribuindo para menor retirada de nutrientes do local”, ressalta Castro. A umidade da biomassa recém-cortada fica entre 55 e 65%. Após 60 e 90 dias, está em 35%.

O aproveitamento de biomassa tem as vantagens de deixar os talhões mais limpos para a silvicultura, com consequente redução no preparo de solo, em perda de área produtiva, pois libera 100% do talhão. Além de evitar custos operacionais com trituração. “No entanto, há retirada de material orgânico do ciclo, então é necessário o monitoramento da qualidade do solo”, pondera Castro.

Atualmente, na Unidade Monte Alegre da Klabin, cerca de 13,3% da matriz energética vem da biomassa no campo e 7,1% de casca do processo industrial.

O palestrante analisou, ainda, as vantagens e desvantagens entre os sistemas de picagem no talhão, picagem na estrada e picagem na indústria. O que define o sistema é onde ela vai ser aplicada, considerando volume, peso e transporte, o que interfere diretamente na logística e, consequentemente, nos custos. “É uma complexidade operacional, que tem que equilibrar distância, clima, tipo de produto, tempo de secagem, estoque de fábrica, disponibilidade de caminhão”, relata Castro, sem esquecer que o sistema de colheita interfere diretamente na definição do que é biomassa e resíduo. “Qualquer oscilação na operação de biomassa interfere na fábrica”, completa.

Mesmo com todos esses fatores influenciando, o uso de biomassa ainda é vantajoso em relação a outras fontes de energia. Uma comparação entre óleo BPF e biomassa, já considerando custos e energia gerada, mostra que a biomassa tem maior viabilidade econômica, representando um gasto seis vezes menor.

Para Castro, os desafios da geração de energia por biomassa para a Klabin atualmente são garantir o abastecimento das unidades Monte Alegre e Puma; controlar a qualidade por tipo de matéria; menor custo operacional possível, aliado à maior eficiência energética possível; e atender a crescente demanda por biomassa nos próximos cinco anos.

Fonte: Assessoria de Comunicação Embrapa Florestas / Kátia Pichelli
Foto: divulgação Klabin