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Brinquedos em madeira ajudam no desenvolvimento da criança e na consciência ambiental

Associação Paranaense de Empresas de Base Florestal idealizou projeto com produtos provenientes de florestas plantadas para mostrar à sociedade o trabalho do setor
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Para levar diversão às crianças e, ao mesmo tempo, proporcionar conhecimento sobre o setor de florestas plantadas à sociedade, a Associação Paranaense de Empresas de Base Florestal (Apre) produziu, em parceria com o Programa de Educação Tutorial (PET) do curso de Engenharia Industrial Madeireira da Universidade Federal do Paraná (UFPR) e apoio das associadas Águia Florestal, Komatsu Forest e RMS, quebra-cabeças em MDF e bonecos modulares em Pinus spp, que foram doados ao Hospital Infantil Waldemar Monastier, em Campo Largo (PR).

Para o diretor executivo da Apre, Ailson Loper, a madeira proveniente de florestas plantadas faz parte do cotidiano, e isso precisa ser divulgado. “Queremos mostrar às pessoas de que forma as florestas plantadas estão presentes no dia a dia delas, porque isso faz parte do objetivo estratégico da Apre de melhor comunicar à sociedade o trabalho do setor florestal com um todo”, destaca Loper.

De acordo com José Augusto Chezanoski, chefe de Hotelaria e Nutrição do Hospital Infantil Waldemar Monastier, os brinquedos em madeira foram doados para todos os pacientes que estavam aguardando consulta nos dois ambulatórios da instituição de Saúde. Na avaliação dele, essa é uma ação muito importante. “O hospital é um público, especializado no atendimento de média e alta complexidade de crianças e adolescentes, e muitos não têm condições. Estes brinquedos doados serviram para trazer mais alegria aos nossos pequenos pacientes”, disse.

Ele acredita, ainda, que os brinquedos podem ajudar no desenvolvimento das crianças, inclusive na questão de responsabilidade ambiental. “O quebra-cabeça e o boneco articulado, além de divertidos e educativos, ajudam as crianças a refletir sobre a responsabilidade ambiental e o desenvolvimento sustentável do nosso planeta. Brincar é um jeito natural de desenvolver habilidades e estimular a convivência em sociedade”, destacou.

Aline da Costa Oliveira, pedagoga, psicóloga e neuropsicopedagoga que atua em Votuporanga (SP), ficou sabendo da ação a partir de um sobrinho, que foi atendido no hospital em Campo Largo. Como ela trabalha diretamente com crianças todos os dias, tanto na educação infantil, quanto na clínica, com atendimento psicoterapêutico, ela entrou em contato com a Apre para poder fazer parte do projeto e utilizar os brinquedos em madeira.

“No trabalho com crianças, vemos a necessidade do estímulo sensório motor para um pleno desenvolvimento cognitivo. Meu papel, como educadora e psicóloga, é priorizar e garantir o pleno desenvolvimento cognitivo e físico, além do biopsicosocioespiritual de cada ‘serzinho’ a mim confiado. Sendo assim, ter materiais que me ajudam nesta jornada facilita e enriquece o meu trabalho”, garantiu.

Ela afirmou, ainda, que a brincadeira com brinquedos que estimulam faz toda a diferença no desenvolvimento cognitivo (percepções, reações e competências); na expressão de desejos, experiências, angústias, medos e até agressividade. Além disso, Aline ressaltou que os brinquedos também ajudam no estímulo à imaginação e à criatividade e no desenvolvimento da coordenação motora e da própria personalidade. Outro ponto fundamental do trabalho citado por ela é a conscientização.

“Utilizar brinquedos em madeira faz toda a diferença desde a primeira infância, pois assim poderemos contar com uma nova geração mais consciente. Esse contato com madeira e recicláveis mostra que não é necessário destruir a natureza e o meio ambiente para criar brinquedos novos, além de possibilitar o uso da imaginação na criação de brinquedos com esses materiais. Ao brincar, a criança está descobrindo a si mesma e o mundo ao seu redor. Crianças são ‘pequenos cientistas’, que aprendem experienciando e explorando. Ao experimentar, elas analisam, elaboram intuitivamente estatísticas, fazem outras experimentações, avaliam, testam hipóteses e assim vão descobrindo o mundo, cada uma do seu jeito. Elas aprendem brincando, dançando, cantando e atuando. No ato de brincar, elas estão criando e fantasiando, e a cada interação com brinquedos, ambientes, adultos e outras crianças, um novo universo, cheio de aprendizado e possibilidades, se abre para cada uma delas”, completou.

Concepção do projeto

De acordo com Mayara Elita Braz Carneiro, tutora do grupo PET e professora do Departamento de Engenharia e Tecnologia Florestal da UFPR, a ideia do projeto foi fazer o aproveitamento de resíduos de indústrias de base florestal, como destopo, sobras de chapas etc. A partir disso, os alunos do curso de Engenharia Florestal e Industrial Madeireira pesquisaram e idealizaram os brinquedos.

“Os brinquedos são avaliados com relação às normas de segurança, aproveitamento do resíduo, valorização da madeira e das florestas plantadas. Com o brinquedo, foram entregues informações sobre a importância das florestas plantadas. Pretendemos, assim, ajudar a desmistificar o caráter predatório do setor florestal e mostrar a importância que a madeira e as florestas têm no nosso dia a dia”, destacou Mayara.

Ação social

Além dos brinquedos em madeira, na ação social realizada pela Apre também teve a doação de 408 kits escolares para a Prefeitura Municipal de Doutor Ulysses, para atender todos os alunos do primeiro ao quinto ano do ensino fundamental I.

Segundo o presidente da Apre, Álvaro Scheffer Junior, também diretor da Águia Florestal, houve o cuidado para que o kit escolar fosse idealizado com madeira proveniente de florestas plantadas, assim como os brinquedos doados para o hospital em Campo Largo.

“Queremos, com essas ações, atingir a sociedade como um todo e mostrar um pouco mais sobre o setor. Nós precisamos parar de falar apenas para quem já conhece o nosso segmento e envolver a população, para apresentar a elas os benefícios das florestas plantadas e tudo o que o setor faz em prol da sociedade. Escolhemos o município de Dr. Ulysses, que é uma das cidades com Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) mais baixo do Paraná. No material, há uma mensagem que diz que todos os itens vêm de florestas plantadas, explicando um pouco disso e da ação da Apre. Em Campo Largo, os brinquedos educativos seguem a mesma linha”, explica.