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Artigo: O caminho do papel embala de produtos a ideias

Opinião é assinada por Gabriella Michelucci, presidente da Associação Brasileira do Papelão Ondulado (ABPO)
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Das frutas que chegam no mercado a caminho da residência do consumidor final ao prato do restaurante favorito, via delivery, passando pela última compra pelo comércio eletrônico, boa parte do que consumimos é embalado por embalagens de papel e papelão ondulado

Procure se lembrar: o último produto que você comprou, sobretudo se veio satisfazer as necessidades básicas de consumo (e de felicidade), na perspectiva do isolamento social, foi enviado para você em uma embalagem de papel ou de papelão ondulado.

O papel está em toda parte, na vida e, claro, também na economia. Seja na embalagem de sackraft que leva a farinha de trigo às padarias ou para embalar o novo computador que chegou em sua casa. Ele embala produtos e necessidades.

A embalagem de papel é biodegradável, reciclável, compostável e de fonte renovável.  Na medida que o mundo avança em direção da economia circular – conceito que propõe novas maneiras de produzir e consumir gerando recursos para o planeta a longo prazo – evoluímos.

Pela origem. 100% do papel produzido no Brasil vem de árvores cultivadas ou a partir de embalagens pós-consumo, com a reciclagem. Atualmente são 5,6 milhões de hectares conservados* em Áreas de Preservação Permanente (APP), Reserva Legal (RL) e Reservas Particulares do Patrimônio Natural (RPPN), segundo dados do Ibá ( Associação Brasileira de Árvores ) . Para efeito de comparação, essa área é maior do que o Estado do Rio de Janeiro.

Em busca de produzir mais com menos, o setor procura manter sua conduta sustentável e fazer uso racional dos recursos naturais.Nessa correnteza, a água também é uma preocupação importante. Do total captado pela indústria na natureza, 80% é devolvido, tratado* – muitas vezes retornando para o curso dos rios com uma qualidade melhor do que a que foi captada. 19,7% evapora e apenas 0,3% é, de fato, consumida, ficando retida no produto.

As aplicações, como podemos observar em nosso cotidiano, são múltiplas: da embalagem que você recebe em casa até o bloquinho de anotações. Nesses dias de isolamento social, a praticidade e a utilização do papel são reforçadas com o aumento da demanda de compras online e entrega de alimentação em geral – aqui, a embalagem de papel tem posição de destaque na hora de embalar as comidas e bebidas.

Depois de todo esse processo e do uso, vem a reciclagem. O Brasil figura entre os principais países recicladores do mundo com 4,2 milhões de toneladas de embalagens pós consumo de papelão ondulado e cartão retornando para o processo produtivo em 2018*. A taxa de recuperação de papel produzido no Brasil para embalagens é de 80%.

O papel está presente até mesmo no momento do lazer. São inúmeras histórias de músicas que foram escritas em guardanapos de papel, ideias de séries que foram anotadas em um bloquinho depois de uma noite mal dormida, mas cheia de imaginação, que deram origem aos personagens das telas.

Muito do resultado do trabalho criativo que desfrutamos nas nossas horas vagas usaram o papel como meio de transporte entre a mente do artista e os seus sentidos. O papel (em suas diversas aplicações) é renovável. E embala ideias. Ainda está para ser criado algo mais útil e sustentável que o papel.

*Dados Ibá, Indústria Brasileira de Árvores