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Apre e ACR buscam soluções para presença de gado em plantios florestais

Em reunião conjunta, empresas do PR e de SC avaliam que problema é uma oportunidade para uma maior aproximação com as comunidades locais
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A presença do gado dos vizinhos nas áreas florestais dos Estados do Paraná e de Santa Catarina e o conflito ambiental e social nas áreas certificadas foram a pauta principal da reunião técnica conjunta promovida pela Associação Paranaense de Empresas de Base Florestal (Apre) e a Associação Catarinense de Empresas Florestais (ACR), no dia 18, em Joinville (SC). Para o diretor executivo da Apre, Carlos Mendes, as contribuições das empresas associadas durante o encontro mostraram que a resolução do problema passa pelo diálogo e pela proposição de parcerias com as comunidades locais.

A associada à Apre, Arauco, por exemplo, relatou que a empresa investe um milhão de reais por ano para o manejo de 2.400 cabeças de gado em uma área de 30 mil hectares de florestas plantadas no Paraná. De acordo com a gerente de responsabilidade socioambiental da Arauco, Maria Harumi Yoshioka, as comunidades no entorno não têm terras para a criação dos animais e acabam utilizando as propriedades da empresa para tal atividade. “O objetivo do manejo do gado é evitar grandes impactos, tanto nas áreas de plantio, quanto em áreas de preservação permanente (APP)”, afirma Maria.

Já a FRP Florestal, de Santa Catarina, pretende iniciar um acompanhamento para medir os impactos da presença do gado nas áreas de florestas plantadas e de preservação. “A ideia é fazermos uma experiência em três mil hectares de plantio. Vamos dividir a área em duas, uma com gado, em forma de arrendamento, e outra sem gado”, explicou o engenheiro florestal da empresa, Evandro Cozer. Segundo Cozer, pelo menos trinta pontos de amostragem servirão para acompanhar a regeneração em cada área durante um ano.

A WestRock também contribuiu com a reunião, apresentando as experiências bem-sucedidas nas boas relações com a comunidade, na região de Três Barras (SC). A empresa desenvolveu um mapa social que identifica as características de cada localidade e instituiu um comitê de pactos sociais, que avalia os impactos causados pelas atividades florestais. Os negativos são controlados e os positivos são potencializados. Entre os exemplos de parceria já firmada pela WestRock com a comunidade, a realizada com produtores de mel, que permite a instalação de colmeias em determinadas áreas dos plantios.

Uma das alternativas sugeridas na reunião foi a de intensificar e valorizar o sistema que integra pecuária e floresta ou ainda com a lavoura. Para o engenheiro Agrônomo Ulisses Rogério Arruda de Andrade, essas seriam boas possibilidade para melhor aproveitamento econômico das áreas plantadas.

Após os relatos e trocas de experiências, os representantes das empresas, concluíram que estes tipos de parceiras com a comunidade, buscando envolver os vizinhos, são boas oportunidades para a melhoria da imagem da atividade florestal.

Anfitriã

A reunião conjunta entre as duas associações teve como anfitriã a RMS do Brasil. De acordo com o diretor para a América do Sul, Fábio Brun, a empresa, gestora global de ativos florestais com experiência em todas as fases de investimento em madeira, tem metas de crescer a partir do ano que vem no Brasil, passando para uma produção anual de um milhão de toneladas de madeira de pinus, entre madeira em pé e a entregue na fábrica. O objetivo, segundo o diretor, é se tornar relevante para esse mercado.

 

Fonte: Assessoria de Imprensa Apre – Interact Comunicação
Fotos: Davi Etelvino – ACR